Jesus Cristo. Porcos. Loucura.
Nós viramos tudo de cabeça para baixo. A progressão do mundo tornou-se uma digressão absoluta, e sua evolução uma redução completa. As filosofias que ele continua a construir são ideias de loucos e foram empilhadas como uma casa de cartas. O mundo escolhe viver na loucura, em sua própria imundície, ao invés de ser perturbado por qualquer coisa contrária a sua insanidade. Nós caímos presas desta máquina de insanidade, correndo a corrida por nós mesmos — e apenas nós mesmos. O amor foi distorcido em um movimento auto-centrado, o respeito foi reduzido à tolerância da opinião, e o autossacrifício é quase um fenômeno inaudito. Homens matam outros homens por papel-moeda, crianças cometem suicídio, e mães são ludibriadas para matarem seus próprios filhos em seus úteros. No entanto, a máquina para alimentar nossos próprios desejos e apetites continua a irromper-se dentro de nós e de nossa sociedade, não aceitando qualquer tipo de perturbação. Nossa sociedade é como a dos gerasenos. Quando Cristo estava em sua terra, curou um homem possuído e lançou os demônios dentro dele em um rebanho de porcos. Os porcos então fugiram de um penhasco e se afogaram no mar, fazendo com que o fazendeiro corresse com medo em direção a uma cidade próxima. O povo da cidade, ouvindo o que aconteceu, saiu ao encontro de Cristo e encontrou o homem antes possuído são e vestido novamente, diante de Seus pés. O povo foi atingido pelo medo e implorou a Cristo para deixar seu país. A cura de um louco lhes infligiu medo e perturbou seu modo de vida. Eles preferiram viver com o possuído, o louco ou o insano, do que ter sanidade, pureza e amor em sua presença. Hoje, nosso mundo reflete esta mesma atitude. Abraça a loucura de braços abertos, nutre-a no peito da apatia, e elevou-a como mãe da cultura pós-moderna.
Quando um homem se afasta das normas deste mundo porque descobre sua insanidade, ele é rotulado pelo mundo como louco. Assim, a sanidade é rotulada de loucura e a loucura de sanidade. Mesmo que muitos dos chamados heróis de nossa cultura moderna sofram divórcios regulares, tirem suas próprias vidas, sofram dependência de drogas, etc., uma pessoa que se volta para Deus e começa a amar o próximo mais do que ele mesmo, progride em virtude e humildade, etc. ., é rotulada como um inimigo insano. Embora tenha se tornado normativa a promoção da chamada igualdade humanista entre nossa sociedade, as visões de um cristão são de alguma forma desiguais, e não sem nem respeitadas nem protegidas como direitos porque, em muitos aspectos, são contrárias ao que se tornou normativo. Aos olhos do mundo, o cristianismo é "loucura". Podemos ver claramente que a atitude dos gerasenos não é uma que morreu há muito tempo, mas é hoje extremamente viva e pervasiva. Um Cristo amoroso, chamando-nos para a cura, é expulso da cultura moderna porque Ele a perturba e a sanidade que Ele traz não é desejada por homens destes tempos.
Procuremos buscar a verdade, afastando-nos da loucura deste mundo, e abracemos o caminho do amor e da humildade desinteressados, como o Deus-Homem que se humilhou do mais alto dos céus e redimiu nossa baixa natureza, tomando-a Ele mesmo. Através da ajuda de Deus, promovamos o amor verdadeiro, a abnegação e a busca da verdade em meio a esta era moderna do desespero.
"Diante de sua vista serão presos de grande temor e tomados de assombro ao vê-lo salvo contra sua expectativa; tocados de arrependimento, dirão entre si, e, gemendo na angústia de sua alma, dirão: Ei-lo, aquele de quem outrora escarnecemos, e a quem loucamente cobrimos de insultos! Considerávamos sua vida como uma loucura, e sua morte como uma vergonha. Como, pois, é ele do número dos filhos de Deus, e como está seu lugar entre os santos? Portanto, nós nos desgarramos para longe da verdade: a luz da justiça não brilhou para nós e o sol não se levantou sobre nós! Nós nos manchamos nas sendas da iniquidade e da perdição, erramos pelos desertos sem caminhos e não conhecemos o caminho do Senhor!" (Sabedoria 5:2-7, VC)